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Semana passada, os internautas deram falta, nas redes sociais, dos perfis de uma menina chamada Nina, com dois milhões de seguidores. A mãe concedeu entrevistas para dizer por que deletou. Não achava aceitável que a filha de 14 anos crescesse acreditando que é uma personagem: “Não quero minha filha brilhante, se prestando a dancinhas diárias como um babuíno treinado. Acho divertido e mega insuficiente; triste geração em que isso justifica fama”, afirmou Fernanda Rocha Kanner à Revista Crescer.

A atitude gerou polêmica, afinal, os produtores de conteúdo são bem remunerados e bajulados por grandes marcas. Na mesma matéria, a neuropsicóloga, Deborah Moss, mestre em Psicologia do Desenvolvimento (USP), comentou que Fernanda é uma mãe muito corajosa. Na opinião dela, uma atitude louvável no sentido de ter muito clara a educação que ela quer dar para os seus filhos, e manter a firmeza dos limites. “Os jovens estão em uma fase de autoafirmação, de construção da autoestima. Ficar exposto dessa maneira e na dependência dos seguidores pode ser muito prejudicial”, afirmou a doutora Moss

A atleta americana Simone Biles abandonou diversos aparelhos da ginástica Olímpica por se sentir muito pressionada e optou por sua saúde mental.

A cantora Walkiria Santos, da Banda Magnífico, encontrou o seu filho de 16 anos Lucas Santos, morto dentro da própria casa, por não suportar os ataques aos seus vídeos, em uma plataforma digital.

O fato chama a atenção para uma análise sobre o comportamento da sociedade, a intolerância, a falta de respeito e amor com o próximo. Até uma palavra para determinar esse comportamento foi criada: hatters.

“Fico me perguntando: que tipo de dor vive essas pessoas, que têm prazer em ofender as outras? Também precisam de ajuda! A Internet conectou o mundo, passamos a ter informação rápida e acesso aos conteúdos, um novo tempo surgiu, mas a que preço?”, questiona a vereadora Tânia Bastos.

A médica psiquiatra Renata Nayara Figueiredo, presidente da Associação Psiquiátrica de Brasília (APBr), em entrevista à Agencia Brasil, alerta que as redes sociais podem oferecer gatilhos mentais para quem tem algum distúrbio ou transtornos psiquiátricos e agravar os sintomas. Ela aconselha que é preciso fazer uso racional. “A pessoa precisa ter outras fontes de prazer, de passatempo, de trabalho, como convivência com a família, prática de uma atividade física, entre outras atividades que as levem ao equilíbrio”, aconselhou.

A psicóloga Claudia Gindre ressalta que muitos jovens apresentam quadros depressivos, transtornos de imagem, ansiedade e podem atentar contra a própria vida, quando motivados por mensagens ofensivas. “Os haters têm transformado a Internet em verdadeiro tribunal, onde seus integrantes são júri, juízes e executores. Precisamos localizar as pessoas que fazem essas agressões e acionar as leis que protegem as vítimas. Somente responsabilizando cada um por seus atos é que se poderá inibir ações como essas”, concluiu a psicóloga, em entrevista ao portal R7.

ASCOM Tânia Bastos

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