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Pais dão substância parecida com água sanitária a filhos com autismo

bebe costasPais de crianças com autismo estão sendo enganados pela promessa de efeitos milagrosos de uma substância parecida com a água sanitária, chamada “MMS”. A ciência ainda não encontrou a cura para o autismo e essa substância química não tem qualquer valor medicinal, segundo especialistas. As informações são do Fantástico.

O MMS “(mineral miracle solution”, em inglês) foi criado pelo americano Jim Humble, há mais de vinte anos. Humble é ex-membro da Cientologia – um grupo religioso dos Estados Unidos. Ele batizou a mistura de “solução mineral milagrosa” e disse que poderia curar muitas doenças, como câncer, malária, diabetes e autismo.

O MMS contém clorito de sódio, utilizado para branquear produtos e descolorir papel, com características parecidas à da água sanitária. O produto também é composto por ácido clorídrico, usado na indústria química na obtenção de corantes e no polimento de metais.

Mauricio Yonamine, professor de toxicologia na faculdade de ciências farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), explicou ao Fantástico que a mistura dessas duas substâncias forma um outro composto, o dióxido de cloro, usado como descolorante e desinfetante. Está, além de ser uma solução tóxica, dependendo da dose ingerida, também pode prejudicar a absorção de ferro e outros metais importantes para a saúde humana.

Desde 2010, o Departamento de Saúde dos Estados Unidos adverte os consumidores sobre os danos graves que a solução pode causar e alerta que, no caso de tratamento para autismo, o produto não se mostrou seguro ou eficaz. Mas mesmo assim, sua utilização foi propagada em diversos países.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a comercialização, a distribuição e o uso do MMS em território nacional para este fim.

Mas a proibição tem sido ignorada e a substância é amplamente divulgada e vendida em fóruns pela internet.

De acordo com a Anvisa, as licenças das farmácias que ignorarem a proibição serão canceladas.

Fonte: G1

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